domingo, 10 de maio de 2009
O que é o amor?
É incrível como tudo que Deus faz é perfeito.... Quando olho pra casais que se amam e que estão juntos, unidos no Senhor, vejo o amor de Deus para conosco. Amar é realmente maravilhoso. E amar a pessoa certa é mais ainda! Quando amamos e somos amados tudo é perfeito. Tudo se encaixa. Entendemos-nos num olhar, num sorriso, numa lágrima... Deus nos deu o dom do amor e não devemos desperdiçá-lo. Tudo em nossa vida muda quando amamos. Somos pessoas melhores, vemos o mundo com outros olhos. Agradeço a Deus por ter me dado o dom de amar e também um companheiro feito na medida para mim... E eu sei que vou amá-lo enquanto viver!
Não saberia nunca descrever o que é o amor...Só sei sentir!!! Mas aqui está um texto que me encantou!Espero que gostem!
AMOR. O QUE É?
Allinges Mafra
Amor é permuta contínua. Aperfeiçoamento constante. É busca, esforço,
entrega, respeito, paciência, doação e troca — não em aparência, mas
em profundidade.
É o encontro alegre, reconfortante e sempre renovado de duas
personalidades diferentes e livres, mas ao mesmo tempo cativas, que
viajam juntas, sem nunca se perder uma da outra. Algumas vezes
seguindo cada qual a direção que mais lhe apraz; ou ambas pedalando
um tandem, aquela bicicleta de quatro rodas — que raridade!
Amar não é apenas partilhar cama, mesa e bens, mas compartilhar modo
e filosofia de vida, sonhos, planos, alegrias, descobertas e
responsabilidades; ou tristezas, decepções, preocupações e dificuldades,
dividindo sempre equilíbrio, discernimento, paciência, sabedoria, temor
de Deus e fé — a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos
que se não vêem —, aquela virtude sem a qual... é impossível agradar a
Deus. É ser muito íntimo, sem no entanto ser invadido na privacidade e
no devido respeito. É ter sensibilidade para saber até onde ir, discrição,
certa dose de altivez, comedimento e reserva necessários, dignidade,
bom senso, capacidade de criterioso silêncio (ainda que às vezes ele
signifique toneladas de esforço e renúncia), mas acima de tudo respeito
e limpeza de alma e de atitudes, sem o que a ligação se raquitiza,
termina por quebrar-se, morrer.
Amar é ter e dar o direito de ser autêntico, livre, espontâneo, criativo,
feliz, sem necessidade de se encafuar, de se esconder no mato fundo
para liberar alegria, criatividade, sensibilidade e sonhos não
compartilhados. É exibir, isento de temor e recalques, a mancha roxa do
desencanto, sem ter de dar exageradas e nervosas explicações. É ter
chance de prender sonhos, planos, seu segredo e seu mistério no
gargalo da alma, até explodir — ou não — em revelação.
Amar é simplesmente deixar cada um ser, ou ir sendo, em confiante e
saudável mansuetude — com a certeza da não-traição, a não-difamação,
a não-crítica e a humilhação exacerbada e contínua —, visto que cada
um sabe o que o outro na verdade é. Amor assim amado é fundo e
ameno amor, onde não faltam conhecimento, troca, descoberta,
crescimento e alegria — ingredientes infalíveis a uma compensadora
ligação. Mas não se esteja inerme, estático, como se o amor fosse um
rio-mar, um Amazonas caudaloso e estuante. Antes de tudo ele é um
riacho que caminha em direção ao amplo oceano, uma paciente, corajosa
e arrojada construção, com bases muito sólidas, para que não
desmorone, e sobre elas colunas, sapatas, andares sobrepostos,
varandas, amplos espaços. Tudo debaixo do olhar atento de Deus, que
não descuida um minuto daquele pedaço de chão. Essa é uma
construção sempre necessitada de reforma e conservação; sujeita a
consertos, acréscimos, supressões, mudanças, novos projetos e
decorações. Nunca terminada. Tudo posto sobre alicerces intocáveis:
respeito, limpeza de alma e de atitudes, dignidade, conservação dentro
de limites — pois Deus tudo vê, passeia com seus anjos por toda a casa,
onde... os caminhos do homem estão perante seus olhos, e Ele considera
todas as suas veredas (Pv 5.21).
Um amor como o que as Escrituras nos ensinam, desejável a corações
amorosos, digno aos olhos de Deus e dos filhos, limpo sem ser banal,
prazeroso sem ser cansativo, alegre sem ser frívolo; amor que provoque
orgulho e enternecimento nos filhos, e atraia a bênção do céu, não o
apoio do Maligno, este é o amor que amo!
Sei que quando entendido e resolvido dentro dos parâmetros de Deus o
amor tem futuro. Não sendo dessa maneira elaborado, é como velha
mansão caindo aos pedaços, arruinando-se por dentro e por fora.
Despertando desaprovação e tristeza nos que assistem ao seu
desmoronamento; ao lixo em que, por exclusiva responsabilidade de
insensatos, acabou se transformando.
Allinges Mafra, escritora e estilista de textos para
editoras, é autora do livro Vida e Poesia em Davi e Jó.
Texto extraído da Revista Ultimato - http://www.ultimato.com.br
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